A Porta

Sequência Didática : Por detrás de cada porta existe ... um mundo de fantasia!

Recursos:

• O livro:  A porta de José Fanha
• Guião: Biografia e ficha biográfica
• Guião : Ficha de Leitura
• http://josefanha.com/
• http://www.nonio.uminho.pt/netescrita/autores/jfanha.html

Propostas de Atividades a realizar:

• Realização da Ficha de  Pré leitura;
• Realização da Biografia ou Ficha Biográfica do autor;
• Leitura realizada pela professora do Cap. I ;
•  Realização da ficha - Compreensão do oral;
•  Leitura realizada pelos alunos;
• Autocorreção da ficha de Compreensão do oral;
• Realização da atividade " À descoberta de palavras";
• Leitura da obra em sala de aula;
• Ilustração de todos os capítulos(articulação com a disciplina de EVT);
• Elaboração de um resumo da obra;
• Realização de um pequeno filme(articulação com a disciplina de EVT).
• Publicação de textos no blogue da turma;
• ... 

Avaliação:

• Observação direta;
• Autocorreção da ficha de Compreensão do oral;
• Inquérito  online sobre a leitura da obra.

Sabias que  ...

Canção com letra de José Fanha

José Fanha a declamar um poema " Eu sou Português aqui"

Eu Sou Português Aqui

Eu sou português
aqui
em terra e fome talhado
feito de barro e carvão
rasgado pelo vento norte
amante certo da morte
no silêncio da agressão.

Eu sou português
aqui
mas nascido deste lado
do lado de cá da vida
do lado do sofrimento
da miséria repetida
do pé descalço
do vento.

Nasci
deste lado da cidade
nesta margem
no meio da tempestade
durante o reino do medo.
Sempre a apostar na viagem
quando os frutos amargavam
e o luar sabia a azedo.

Eu sou português
aqui
no teatro mentiroso
mas afinal verdadeiro
na finta fácil
no gozo
no sorriso doloroso
no gingar dum marinheiro.

Nasci
deste lado da ternura
do coração esfarrapado
eu sou filho da aventura
da anedota
do acaso
campeão do improviso,
trago as mão sujas do sangue
que em papa a terra que piso.

Eu sou português
aqui
na brilhantina em que embrulho,
do alto da minha esquina
a conversa e a borrasca
eu sou filho do sarilho
do gesto desmesurado
nos cordéis do desenrasca.

Nasci
aqui
no mês de Abril
quando esqueci toda a saudade
e comecei a inventar
em cada gesto
a liberdade.

Nasci
aqui
ao pé do mar
duma garganta magoada no cantar.
Eu sou a festa
inacabada
quase ausente
eu sou a briga
a luta antiga
renovada
ainda urgente.

Eu sou português
aqui
o português sem mestre
mas com jeito.
Eu sou português
aqui
e trago o mês de Abril
a voar
dentro do peito.

José Fanha